Nem tudo está perdido!

É infantilidade admitir que um Presidente da República ou, até mesmo, um governador ou um prefeito seja eleito sem apoio de partidos políticos diferentes do seu. O PT tentou fazer isso antes da vitória de Lula e perdeu todas as vezes.

Fazer um governo programático com diz Marina, necessariamente não será um governo de um só partido. Isso não existe e nunca vai existir. A meu ver, o que se Campos e Marina pretendem é fazer um governo em torno de um programa consolidado de governo. É a mesma coisa que uma empresa construir um grande empreendimento imobiliário, sem ter um projeto de construção.

Se os partidos A, B, C ou D quiserem fazer parte integrante da aliança, que o façam, todavia, não com o objetivo pura e simples de assumir uma pasta ou um cargo público visando usufruir benefícios advindos do exercício do cargo, como é feito atualmente, mas para trabalhar em prol da execução de um programa de governo previamente apresentado ao povo durante a campanha eleitoral.

A eleição de candidatos que usarem essa estratégia é a prova cabal da aprovação dos programas dos governo deles. O povo deu o seu aval. Se não funcionar, o povo vai botá-los prá fora nas próximas eleições. Essa é a grandeza e a beleza de um regime democrático.

Que se coloque até pessoas ligadas a um determinado partido, todavia, que essas pessoas tenham moral ilibada e profundo conhecimento das funções que irão exercer. Portanto, a mudança é até certo ponto sutil e subjetiva, porém, na prática ela tem que gerar resultados extraordinários.

Melhor será se a mudança se der como preconiza Eduardo Campos; recrutar os seus executivos através de consultores independentes e HEDHUNTERS capacitados para selecionar os melhores candidatos.

Seria de bom alvitre se dar crédito a quem apresenta uma proposta de mudança, afinal de contas, o modelo atual está podre e todo mundo sabe disso.